sexta-feira, 23 de maio de 2008

Nova linha telefónica vai apoiar vítimas de "bullying"

Aproveitava para divulgar duas notícias recentes na imprensa portuguesa, sobre o mesmo assunto:

Jornal Público:

O espaço prevê uma linha telefónica e um endereço electrónico para os alunos

Associação Nacional de Professores lança uma estrutura para responder à violência nas escolas

08.05.2008 - 17h29 Lusa

A Associação Nacional de Professores (ANP) apresentou hoje o espaço "Convivência nas Escolas", uma estrutura que pretende dar uma resposta integrada aos fenómenos de conflito e violência no espaço escolar, com especial atenção para o problema do "bullying".

“Criámos uma estrutura que é um passo em frente na resposta a situações de conflito e violência escolar, integrando uma resposta para alunos, professores, famílias e escolas”, afirmou João Grancho, presidente da ANP.

Esta nova estrutura envolve a actual linha telefónica SOS Professores (808 962 0069), que visa apoiar os docentes em situações de conflito, violência e indisciplina, a que se junta um núcleo dedicado aos alunos e às famílias.Este núcleo, que visa prestar apoio a alunos vítimas de bullying, inclui uma linha telefónica (808 968 888) e um endereço electrónico (bulialuno@anprofessores.pt ).A linha telefónica começa a funcionar a 12 de Maio e vai manter-se em período de experiência até ao final deste ano lectivo, estando disponível entre as 18h00 e as 20h00.

Segundo João Grancho, em Setembro, a ANP espera poder lançar dois guias sobre bullying, um destinado a alunos e outro aos pais e encarregados de educação.

A atenção que a ANP dedica à questão do bullying, que é um conflito entre alunos, resulta dos estudos feitos nas escolas portuguesas, segundo os quais entre 25 e 50 por cento dos alunos já estiveram envolvidos - como vítimas ou agressores - em situações deste género.

“Queremos contribuir positivamente para a convivência na escola”, frisou o presidente da ANP, defendendo que “mais do que combater a violência, é necessário promover a prevenção da violência”.João Grancho salientou que esta iniciativa "não surge para pôr em causa a escola pública", salientando que "o que se pretende é que o acto de ensinar e de aprender decorra dentro das regras da convivência e da cidadania". "Não somos um instrumento de oposição a nada, somos um instrumento de apoio ao funcionamento das escolas", assegurou.

A iniciativa 'Convivência nas Escolas' conta com o apoio da Universidade Lusófona do Porto, que, entre outras funções, desenvolve acções de formação para professores, alunos e encarregados de educação sobre a questão do bullying.

João Grancho lamentou que a ANP tenha que suportar os custos destas iniciativas, frisando que "ao nível do Ministério da Educação, estas áreas não são tidas como prioritárias para financiamento na formação de professores".

Jornal de Notícias:

Nova linha telefónica vai apoiar vítimas de "bullying"

Milhares de alunos em Portugal são vítimas das mais diversas formas de "bullying" (provocação/vitimação) - quer como agressores, quer como vítimas. E, muitas vezes, vivem o drama em silêncio, com medo. A partir da próxima segunda-feira, uma linha telefónica estará pronta para os ouvir e lhes dar a ajuda necessária, de forma confidencial é o 808 968 888.

Os relatórios da UNESCO há muito lançaram o alerta entre 25% a 50% dos alunos são vítimas de "bullying". Se bem que o fenómeno da perseguição e provocação seja bem conhecido também entre nós, pouco tem sido feito. Quem o diz é a Associação Nacional de Professores (ANP) e investigadores da Universidade Lusófona do Porto que, em conjunto, apresentaram, ontem, no Porto, um projecto novo intitulado "conVivência nas escolas".

João Grancho, presidente da ANP, salientou que o novo projecto é um passo além, depois da implementação da Linha SOSProfessor. Aquela linha de auxílio aos docentes vitimados por situações de conflito, indisciplina e violência escolares continuará a existir, no seio do Núcleo Professores, uma das vertentes do novo projecto.

O "conVivência nas Escolas" englobará, também, o Núcleo Alunos e Famílias, vocacionado, sobretudo, para prestar apoio a alunos vítimas de "bullying", bem como às famílias e professores desses alunos. A nova linha de atendimento para alunos começará a funcionar a partir de segunda-feira até ao final do ano lectivo, diariamente, entre as 18 e as 20 horas.

Os problemas revelados naquela linha serão ouvidos por técnicos especializados. Face à gravidade do problema, os casos serão posteriormente encaminhados para a ajuda de psicólogos, psicopedagogos ou mediadores de conflitos. O apoio será sempre dado através da linha e não em forma presencial.

Contudo, o novo projecto vai mais longe. Pretende-se, sobretudo, promover a educação para a convivência nas escolas, sobretudo ajudando a prevenir e a combater fenómenos de conflitualidade, indisciplina e violência. Um protocolo com uma instituição madrilena permitirá difundir materiais pedagógicos.

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