sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Artigos recentes sobre Cyber-Bullying e Bullying

Da revista Forbes, o artigo, "How to Stop Cyber-Bullying" (Como fazer Stop ao Cyber-Bullying)
http://www.forbes.com/2008/09/15/bully-school-cyber-forbeslife-cx_avd_0915health.html

* "Why kids don't tell on cyberbullies" (Porque os miúdos não falam sobre o Cyber-Bullying)
http://www.nzherald.co.nz/topic/story.cfm?c_id=137&objectid=10524874&pnum=0

* "Cyberbullying grows bigger and meaner with photos, video" (O Cyber-Bullying está cada vez maior e pior com fotografias e vídeos) http://www.usatoday.com/tech/webguide/internetlife/2008-07-14-cyberbullying_N.htm

* "Online bullying should be a criminal offense" (Bullying na Internet devia ser uma ofensa criminal), dizem educadores do Canadá
http://www.canada.com/montrealgazette/news/story.html?id=3162357e-fa71-4e87-acd5-a5c3e64a18ce

* "Internet program teaches harms of bullying to elementary students" (Programa Internet ensina os perigos do bullying a alunos do 1º Ciclo do Ensino Básico)
http://www.jsonline.com/story/index.aspx?id=769920

* "Standing up to cyberbullies" (Enfrentando os cyberbullies), perguntas e respostas com o especialista Mike Donlin, das escolas públicas de Seattle http://www.schoolcio.com/showArticle.php?articleID=196604538

[Continua]

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Bullyng das crianças pode ter as suas raízes nos pais

As crianças educadas por pais muito exigentes são mais propícias a tornarem-se bullies, enquanto aquelas que são criadas em ambientes mais tolerantes são menos propícias a incomodarem outras crianças, de acordo com uma investigação apresentada no encontro anual da American Sociological Association.

"As crianças aprendem dos seus pais a como se comportar e interagir com os outros.", disse Elizabeth Sweeney. "As crianças que expermimentam hostilidade, abuso, disciplina física e outros comportamentos agressivos por parte dos seus pais são mais propícias a modelarem tal comportamento nos seus relacionamentos com os seus pares.

Para ler +, visitar ScienceDaily, artigo The School Bully: Does It Run In The Family? (O Bully na Escola: Nasce com a Família?

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Empatia das crianças pode conduzir a uma melhor compreensão do bullying

Os cérebros das crianças normalmente respondem ao verem outras pessoas com dor como se se elas próprias estivessem activamente a experenciar o trauma, sugere uma investigação feita com o scanning do cérebro publicada na publicação Neuropsychologia.

" O que nos mostra é que nós temos esta capacidade inata de dar eco à dor dos outros. Esse é provavelmente um passo muito importante em direcção à empatia", disse o investigador Jean Decety da University of Chicago.

Leia o artigo em Empathy Comes Naturally to Children: Study (ABC News/Reuters)

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Nova linha telefónica vai apoiar vítimas de "bullying"

Aproveitava para divulgar duas notícias recentes na imprensa portuguesa, sobre o mesmo assunto:

Jornal Público:

O espaço prevê uma linha telefónica e um endereço electrónico para os alunos

Associação Nacional de Professores lança uma estrutura para responder à violência nas escolas

08.05.2008 - 17h29 Lusa

A Associação Nacional de Professores (ANP) apresentou hoje o espaço "Convivência nas Escolas", uma estrutura que pretende dar uma resposta integrada aos fenómenos de conflito e violência no espaço escolar, com especial atenção para o problema do "bullying".

“Criámos uma estrutura que é um passo em frente na resposta a situações de conflito e violência escolar, integrando uma resposta para alunos, professores, famílias e escolas”, afirmou João Grancho, presidente da ANP.

Esta nova estrutura envolve a actual linha telefónica SOS Professores (808 962 0069), que visa apoiar os docentes em situações de conflito, violência e indisciplina, a que se junta um núcleo dedicado aos alunos e às famílias.Este núcleo, que visa prestar apoio a alunos vítimas de bullying, inclui uma linha telefónica (808 968 888) e um endereço electrónico (bulialuno@anprofessores.pt ).A linha telefónica começa a funcionar a 12 de Maio e vai manter-se em período de experiência até ao final deste ano lectivo, estando disponível entre as 18h00 e as 20h00.

Segundo João Grancho, em Setembro, a ANP espera poder lançar dois guias sobre bullying, um destinado a alunos e outro aos pais e encarregados de educação.

A atenção que a ANP dedica à questão do bullying, que é um conflito entre alunos, resulta dos estudos feitos nas escolas portuguesas, segundo os quais entre 25 e 50 por cento dos alunos já estiveram envolvidos - como vítimas ou agressores - em situações deste género.

“Queremos contribuir positivamente para a convivência na escola”, frisou o presidente da ANP, defendendo que “mais do que combater a violência, é necessário promover a prevenção da violência”.João Grancho salientou que esta iniciativa "não surge para pôr em causa a escola pública", salientando que "o que se pretende é que o acto de ensinar e de aprender decorra dentro das regras da convivência e da cidadania". "Não somos um instrumento de oposição a nada, somos um instrumento de apoio ao funcionamento das escolas", assegurou.

A iniciativa 'Convivência nas Escolas' conta com o apoio da Universidade Lusófona do Porto, que, entre outras funções, desenvolve acções de formação para professores, alunos e encarregados de educação sobre a questão do bullying.

João Grancho lamentou que a ANP tenha que suportar os custos destas iniciativas, frisando que "ao nível do Ministério da Educação, estas áreas não são tidas como prioritárias para financiamento na formação de professores".

Jornal de Notícias:

Nova linha telefónica vai apoiar vítimas de "bullying"

Milhares de alunos em Portugal são vítimas das mais diversas formas de "bullying" (provocação/vitimação) - quer como agressores, quer como vítimas. E, muitas vezes, vivem o drama em silêncio, com medo. A partir da próxima segunda-feira, uma linha telefónica estará pronta para os ouvir e lhes dar a ajuda necessária, de forma confidencial é o 808 968 888.

Os relatórios da UNESCO há muito lançaram o alerta entre 25% a 50% dos alunos são vítimas de "bullying". Se bem que o fenómeno da perseguição e provocação seja bem conhecido também entre nós, pouco tem sido feito. Quem o diz é a Associação Nacional de Professores (ANP) e investigadores da Universidade Lusófona do Porto que, em conjunto, apresentaram, ontem, no Porto, um projecto novo intitulado "conVivência nas escolas".

João Grancho, presidente da ANP, salientou que o novo projecto é um passo além, depois da implementação da Linha SOSProfessor. Aquela linha de auxílio aos docentes vitimados por situações de conflito, indisciplina e violência escolares continuará a existir, no seio do Núcleo Professores, uma das vertentes do novo projecto.

O "conVivência nas Escolas" englobará, também, o Núcleo Alunos e Famílias, vocacionado, sobretudo, para prestar apoio a alunos vítimas de "bullying", bem como às famílias e professores desses alunos. A nova linha de atendimento para alunos começará a funcionar a partir de segunda-feira até ao final do ano lectivo, diariamente, entre as 18 e as 20 horas.

Os problemas revelados naquela linha serão ouvidos por técnicos especializados. Face à gravidade do problema, os casos serão posteriormente encaminhados para a ajuda de psicólogos, psicopedagogos ou mediadores de conflitos. O apoio será sempre dado através da linha e não em forma presencial.

Contudo, o novo projecto vai mais longe. Pretende-se, sobretudo, promover a educação para a convivência nas escolas, sobretudo ajudando a prevenir e a combater fenómenos de conflitualidade, indisciplina e violência. Um protocolo com uma instituição madrilena permitirá difundir materiais pedagógicos.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Estudo: Efeitos do bullying podem continuar na idade adulta

Os adolescentes vítimas de de bullying social na escola podem continuar a sentir os efeitos de depressão e ansiedade como jovens adultos, de acordo com um estudo da University of Florida publicado na publicação Psychology in the Schools. "Mesmo que as pessoas já estejam fora do secundário, as memórias destas experiências continuam a ser associadas com depressão e ansiedade social," disse o principal autor Allison Dempsey. Via ScienceDaily

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Os Bullies tendem a ter relações problemáticas com os seus pais, amigos

A próxima vez que haja um bully entre os seus alunos, talvez queira considerar o seguinte: os miúdos que abusam os seus pares tendem a ter relações problemáticas com os seus pais e amigos e podem continuar problemáticos durante a adolescência se esses problemas não forem resolvidos precocemente, afirmaram investigadores da York University and Queen's University, no Canadá.

"Concentar-se só na criança não é suficiente. O Bullying é um problema de relacionamento,” disse a principal autora do estudo Debra Pepler, uma professora de psicologia na Universidade de York, além de cientista no Hospital for Sick Children. "As crianças que fazem o bully estão a utilizar o poder e agressão para controlar os outros. Nós precisámos observar os seus relacionamentos com os seus pais e com os amigos que também podem abusar dos outros.”

sexta-feira, 14 de março de 2008

Bullying afecta mais as raparigas que os rapazes

De acordo com notícia no The Scotsman, o Bullying afecta mais as raparigas que os rapazes.

O BULLYING atinge três quartos dos alunos nas escolas escocesas, sendo as raparigas as mais afectdas, de acordo com um novo estudo.

quarta-feira, 5 de março de 2008

Lidando com incidentes de Bullying

Não importa se os professores são muito diligentes a tentar prevenir o bullying, os incidentes podem acontecer. Se tal ocorrer, você pode tomar algumas medidas para lidar com esses incidentes e prevenir que eles fiquem fora de controlo.

Algumas das estratégias são discutidas neste artigo da Education World (clicar para desenvolvimentos).

Conheça as políticas de bullying da escola. (Se não existirem, fale com a direcção da escola para as criar.)
Leve os relatórios de ocorrências de bullying sério.
Actue rapidamente.
Tente lidar com os problemas de forma privada.
Informe a Direcção da Escola.
Apoie a vítima.
Ajude a vítima a desenvolver capacidades para lidar com o problema.
Tente contactar e comunicar com o bully.
Monitorize a situação.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Sítios sobre Bullying no Brasil

Gostava de sugerir este três:

No more bullying

Diga não ao bullying

PROGRAMA DE REDUÇÃO DO COMPORTAMENTO AGRESSIVO ENTRE ESTUDANTES

Alunos evitam usar casas de banho em más condições

As crianças na Escócia estão a evitar casas de banho em más condições das escolas pois têm medo de serem apanhadas por bullies, o pessoal da limpeza afirmou a um jornal.

Muitas casas de banho estão fechadas durante longos períodos de tempo durante o período escolar, enquanto outras estão em tão más condições que os alunos preferem esperar até chegarem a casa.

O British Cleaning Council avisou que algumas crianças estavam mesmo a desenvolver problemas de continência como resultado destas situações.

Artigo completo no The Scotsman.

O que é "bullying"

Na sequência da notícia Aluna de 12 anos espancada por seis colegas na escola, o Jornal de Notícias explica O que é "bullying":

O que significa esta expressão

É um termo de origem inglesa utilizado para descrever actos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo (bully) ou um grupo com o objectivo de intimidar ou agredir outro indivíduo (ou grupo) incapaz/es de se defender. A palavra "bully" significa "valentão", o autor das agressões.

Onde é que ele pode ocorrer

Pode ocorrer em situações envolvendo a escola ou faculdade/universidade, o local de trabalho, os vizinhos e até mesmo países. Qualquer que seja a situação, a estrutura de poder é típicamente evidente entre o agressor (bully) e a vítima.

Características dos "bullies"

Pesquisas indicam que adultos agressores têm personalidades autoritárias, combinadas com uma forte necessidade de controlar ou dominar. Também tem sido sugerido que um défice em habilidades sociais e um ponto de vista preconceituoso sobre subordinados podem ser factores de risco. É frequentemente sugerido que os comportamentos agressivos têm origem durante a infância.

Alguns tipos de bullying

Os bullies usam uma combinação de intimidação e humilhação, como insultos, ameaças, chantagem, acusações, ataques físicos , rumores negativos sobre a vítima. Podem, ainda, usar tecnologias de informação para praticar o cyberbullying (criar páginas falsas sobre a vítima em sites de relacionamento, publicação de fotos etc). Em alguns casos, o bully dá alcunhas com base em características que a vítima não quer que sejam alardeadas.

A escola como local de bullying

Em escolas, o bullying ocorre geralmente em áreas com supervisão adulta mínima ou inexistente, dentro ou fora da escola. Aqui, o bullying pode assumir, por exemplo, a forma de avaliações abaixo da média ou não retorno das tarefas escolares.

Acompanhamento das crianças

O acompanhamento próximo dos pais é importante, de forma a perceber sinais que possam surgir no comportamento das crianças. Muitos casos tendem a suceder na entrada na adolescência e, por isso, são, frequentemente, classificados como reacções da "idade do armário".

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Política de Privacidade

Obrigado por visitar o meu blogue e por ler a sua política de privacidade.

Eu não irei guardar QUALQUER informação pessoal sobre si quando estiver a visitar o meu blogue, a menos que você escolha dar-me essa informação.

No entanto, é permitida a possibilidade de terceiros (como é o caso do Google Adsense) exibirem anúncios no blogue de onde veio. Estas empresas de publicidade podem colocar e ler cookies no browser, ou utilizarem web beacons para recolher informação, enquanto os anúncios forem apresentados durante a sua visita no blogue.

Uma novidade que o Google Adsense agora tem é a publicidade com base em
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Essa informação, temporária, é usada para ajudar a fazer o blogue mais útil aos visitantes e, principalmente, saber o número de visitantes e quais as páginas mais visitadas. EU NÃO REGISTO OU GUARDO INFORMAÇÃO SOBRE A SUA IDENTIDADE.

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- O seu endereço de correio electrónico não será fornecido a ninguém ou usado para quaisquer listas de correio electrónico.
- Nós serão criados perfis individuais com a informação do correio electrónico que
você forneça, nem a mesma será dada a quaisquer outras organizações.
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em cima.

Esta Política de Privacidade pode no futuro sofrer alterações.

Data para atacar o Bullying: Dia Escolar da Não-Violência e da Paz

Notícias sobre o Dia Escolar da Não-Violência e da Paz, que proponho seja o dia para discutir o Bullying em 2009:


Iniciativa pioneira, independente e não-governamental, levada avante pelo pedagogo e poeta espanhol Llorenç Vidal, a comemoração deste dia, a partir de 1964, teve como objectivo chamar a atenção para a necessidade de uma educação permanente pela Não-Violência e pela Paz. Nesta data (dia da morte de Mahatma Gandhi), procura-se igualmente sensibilizar para a tolerância, solidariedade e respeito pelos direitos humanos junto das escolas de todo o mundo.Recursos:* Fundamentos teóricos do "Dia Escolar da Não-Violência e da Paz" (DENIP)* Seminario Galego de Educación para a Paz
posted by Pax Christi Portugal at 09:32

Dia Escolar da Não-Violência e da Paz 2008-01-28

Fonte: Câmara Municipal de Mortágua

Escola Básica 2.3 associa-se à comemoração No dia 30 de Janeiro celebra-se em todo o país o Dia Escolar da Não-Violência e da Paz. À semelhança de anos anteriores, a Escola Básica 2.3 de Mortágua vai assinalar a data com várias iniciativas, reconhecendo a necessidade de promover e desenvolver os valores da paz, e de solidariedade nos nossos jovens. A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) instituiu que a actual década seria dedicada à Cultura da Paz pela Educação. Na parte da manhã, está prevista a presença da Dra. Maria Teresa Silva Maia, que é invisual, e irá apresentar o tema: “ Construir a Paz, respeitando a diferença”. Será também inaugurada uma exposição sobre a escrita para cegos - o Braille -, onde se poderá observar a documentação e os instrumentos utilizados pelos cegos para poderem ler. Esta exposição intitulada “Como vêem os cegos”, estará patente naquela Escola até ao dia 12 de Fevereiro. A tarde, na Sala Polivalente da Biblioteca Municipal, será apresentado o livro “Um Olhar sobre os Prémios Nobel da Paz”, da autoria da Profª. Paula Marques, docente de Educação Moral e Religiosa Católica na Escola Básica 2.3 de Mortágua. A comemoração do Dia Escolar da Não-Violência e da Paz partiu do poeta, pedagogo e pacifista espanhol, Llorenç Vidal, sendo assinalado desde 1964. A data da comemoração, 30 de Janeiro, não foi escolhida ao acaso. É o dia da morte do fundador da nação Indiana, Mahatma Gandhi (1948), que foi um acérrimo defensor e paladino da paz, da não-violência, da justiça, da tolerância entre os povos.


DIA ESCOLAR DA NÃO VIOLÊNCIA E DA PAZ
Para assinalar este dia, a BE/CRE associou-se às actividades promovidas pelos alunos de EMRC e pela turma g do 6.º ano. Inciou a sua participação com a exposição sobre “Prémios Nobel da Paz” destacando os laureados da última década e dez dos premiados ao longo do século XX, principalmente, aqueles cujos nomes retivemos na memória.
Também na sala dos professores, a equipa da biblioteca colocou mensagens de paz em cada uma das mesas.


E porque a vida é um jogo, deve ser encarada com FAIR-PLAY para que cada um de nós seja agente de paz, os alunos do 9.ºA, orienatdos pela professora de Ana Grilo, produziram na aula de Educação Física as frases que preencheram a árvore da paz que plantámos sobre o MUNDO.

Opinião: Se não for controlado, bullying pode tornar-se extremo

Quando os adultos não fazem nada contra o bullying, eles implicitamente enviam a mensagem que tal contemplação com os outros é aceitável, o que pode levar à existência de ainda mais comportamentos violentos, escreve a consultora de gestão, Ira Chaleff.

Isto significa que é vital para as escolas treinarem quer crianças quer adultos para efectivamente pararem os bullies (agressores) logo de início.

Para ler mais, clique no artigo do The Sun (Baltimore, Estados Unidos), Bullies' hidden danger - End the spiral of cruelty through intervention of bystanders (Os perigos escondidos dos Bullies - Termine a espiral da crueldade através da intervenção com os espectadores)

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Cyberbullying: fenómeno sem rosto

Chamava a atenção para esta interessante reportagem:

A tecnologia começa a ser usada para ameaçar, humilhar ou intimidar. Os técnicos defendem acções de sensibilização para esta nova realidade, que ainda é pouco abordada dentro de casa e da escola.

O termo é recente e ainda não entrou definitivamente no vocabulário português. Bullying como actos premeditados e repetidos de violência física ou psicológica, praticados para intimidar ou agredir alguém, começa lentamente a entrar nos ouvidos da opinião pública. Cyberbullying permanece na penumbra, num território que só é desvendado quando se pesquisa sobre a matéria ou quando essa prática bate à porta. No cyberbullying recorre-se à tecnologia para ameaçar, humilhar ou intimidar alguém através da multiplicidade de ferramentas da nova era digital. Redes sociais da Internet, sites de partilha de fotos, imagens de telemóvel, gravações MP3, têm servido para desvirtuar a realidade pondo em causa a intimidade e a reputação. Em Portugal, também há jovens que são vítimas de cyberbullying. Vivem aterrorizados que os colegas da escola descubram as mentiras fabricadas, têm medo de contar o que estão a viver. E, na maioria dos casos, o agressor esconde-se sob a capa do anonimato.

Os casos são reais e foram relatadas por quem recebeu os pedidos de ajuda ou recolhidos na comunicação social. Uma jovem de 16 anos com largas centenas de contactos no Hi5 foi, de repente, confrontada com constantes telefonemas. Veio a descobrir que as suas fotos se mantinham intactas, só que acompanhadas de mensagens descontextualizadas de cariz sexual. Os textos terminavam com o seu número de telemóvel. A jovem vivia aterrorizada que os colegas da escola descobrissem esse falso perfil, tratado por alguém que desconhecia, mas que tinha acesso ao seu contacto pessoal. Um fórum pornográfico foi utilizado por um aluno para fazer comentários insultuosos a uma professora. A docente viu a terra fugir-lhe debaixo dos pés. Vivia com medo que os seus alunos e colegas de profissão deparassem com as informações totalmente deturpadas sobre si. Outra jovem vítima de cyberbullying: o ex-namorado que não aceitava o fim da relação mudou-lhe a password de acesso ao Hi5, modificou todo o perfil da página, deturpou a orientação sexual, fez montagens das fotos, colocou o número de telefone de casa, enviou mensagens difamatórias a todos os contactos do seu e-mail.

"Se só agora Portugal começa a despertar para as questões do bullying, em relação ao cyberbullying está mais atrasado", adianta Tito de Morais, fundador do projecto MiudosSegurosNa.Net que promove a utilização segura e responsável das tecnologias da informação e comunicação por crianças e jovens. "Não há muito a noção de que as acções e interacções que se verificam nos pátios e corredores das escolas estão também a configurar-se na Internet". Mas enquanto no mundo real é mais fácil identificar o agressor, no cyberbullying o caso muda de figura, o que dificulta todo o processo. "Quando colocamos uma fotografia na Internet, e em particular numa rede social, perdemos o controlo sobre essa fotografia. Qualquer pessoa pode fazer uma cópia", alerta.

Tito de Morais chama a atenção para um factor. "Muitas vezes, os pais têm dificuldade em diferenciar o que é uma brincadeira de mau gosto ou agressão do que é um comportamento de bullying. E há um elemento que pode ajudar: o bullying caracteriza-se por uma acção repetitiva". Na Internet, esta realidade tem um aspecto particular. Desde que uma imagem ou mensagem seja visionada por terceiros, o factor repetição é imediatamente assumido. "E a criança é vítima de troça, de humilhações, porque há outras crianças que viram." Para o especialista, os pais precisam de estar de olhos bem abertos para que "compreendam a utilização que os filhos fazem da Internet". "Normalmente, as crianças são vistas como vítimas e não como agressores, mas é importante ter a noção de que podem assumir estes dois papéis." Seja como for, as vítimas de cyberbullying "sofrem em silêncio". "Aconteça o que acontecer em resultado da utilização da Internet, os pais têm de deixar claro aos filhos que sempre que haja situações que os incomodem e que os deixem desconfortáveis, devem ir ter com eles". Este ambiente de confiança é fundamental.

A psicóloga Sílvia João, que estuda a área dos media e a relação das crianças com a imagem, salienta que o cyberbullying mexe com o sentimento de segurança e os níveis de ansiedade quando objectos pessoais, como o telemóvel ou o computador, são utilizados para ameaçar ou intimidar. Esta sensação de não controlo dos meios com que se lida diariamente pode ter sérias repercussões psicológicas e emocionais. "Há intrusão e violência interna do espaço íntimo", sublinha. Na sua opinião, o perigo surge quando não se desabafa com os pais e educadores, "quando o adolescente não consegue pedir ajuda". "São vítimas e não querem dizer aos pais" em idades em que estão "a aprender o que é a sua intimidade, em termos de sexualidade, ideologias, valores". E há aqui uma dualidade entre a "vontade de se afirmar e a culpabilidade". "É vítima mas pode não conseguir entender que tem de pedir ajuda."

"É um fenómeno sem rosto". E, por isso, torna-se complicado ir à origem, chegar ao agressor. Sílvia João defende que os adolescentes devem estar informados sobre o cyberbullying. "É necessário explicar-lhes o que é ser vítima de um fenómeno desta natureza." Em seu entender, devem ser feitas acções de prevenção e sensibilização "aproveitando o contexto de instituições formais" como, por exemplo, as escolas. E há ainda a intervenção, os pedidos de ajuda que podem ser feitos a vários especialistas da área da Psicologia, da Saúde Mental e das Ciências da Educação, entre outras. A psicóloga destaca ainda alguns cuidados que têm o seu significado. "Até aos seis anos, é importante proteger as crianças do contacto com as imagens da televisão e da Internet porque ainda não têm a noção da diferença entre a ficção e a realidade. Não têm o filtro para perceberem o que é perigoso e o que não é, o que a afecta e não afecta." Mais tarde, na adolescência, há a ânsia de procurar o fruto proibido. "Os adolescente começam a procurar o que não podiam ver." E fazem-no às escondidas dos mais velhos.

Medo do ridículo, de represálias
A psicóloga Margarida Gaspar de Matos garante que o assunto necessita de "muita atenção e estudo". "Os adolescentes, contrariamente à imagem por vezes divulgada, são comunicativos. Têm é muitas vezes dificuldade em falar com pessoas do seu universo relacional ‘real', em parte porque os adultos ouvem pouco e aconselham de mais, em parte porque há assuntos sensíveis que todos nós temos dificuldade em dizer a nós próprios, quanto mais aos outros", sublinha a docente da Faculdade de Motricidade Humana da Universidade Técnica de Lisboa. "Assim, a net aparece como o terapeuta ou amigo sempre aceitante, sempre presente, sempre disponível, enfim o amigo ideal, o amigo quase impossível, ou pelos menos improvável." Só que há factores que potenciam o cyberbullying. "Por trás deste anonimato, que permite a cada um forjar a imagem que quiser, é fácil alguém passar pelo amigo e confidente e desaparecer, passar por amigo e confidente e usar informações ou imagens privadas para perseguir, passar por amigo e confidente e depois ameaçar, ou até passar directamente para a ameaça sem a fase da vinculação", refere. E acrescenta: "Os adolescentes vinculam-se e depois ficam num processo de luto ou de medo e sozinhos porque não sabem com quem falar. Por medo de represálias, por medo de serem repreendidos, por medo do ridículo." E há consequências. "O mau-estar pessoal e social associado a este fenómeno é considerável, chegando mesmo a ocasionar problemas de saúde física e mental e em casos extremos violência chegando ao suicídio", aponta.

A psicóloga adianta que o fenómeno do bullying em meio escolar tem vindo a diminuir desde 2002. "Penso que pela atenção que se tem dado ao assunto e pelas novas medidas em meio escolar." "O cyberbullying aparece como um sinal dos tempos. Cada vez mais os jovens e os menos jovens passam horas ao computador na conversa e a jogar ao faz-de-conta. E este facto tem já contornos de grande mudança no âmbito das relações interpessoais e práticas de lazer." A técnica analisa a mudança. "Este facto em si não é negativo e permite até o desenvolvimento de laços sociais em pessoas isoladas por motivos pessoais ou geográficos, por exemplo. O problema é quando a ligação à Internet se torna uma dependência que limita e estreita o âmbito da vida das pessoas ou quando no novo mundo social virtual alguns, menos atentos ou mais vulneráveis, se tornam vítimas incautas de processos persecutórios que agora nos aparecem no âmbito do cyberbullying", realça. Margarida Matos considera que é necessário dar atenção a esta nova realidade. "O fenómeno ainda não está muito bem estudado na sua dinâmica e amplitude. E o que é grave é que quem está mais em risco de ser seriamente afectado acumula em geral este risco com outros factores de risco potencial: menor ligação à escola, menor ligação à família, grupo de pares mais consentâneo com estas práticas", refere.

Relação alunos e professores
O estudo "Violência na escola: vítimas, provocadores e outros", realizado em Setembro de 2001, que analisou o comportamento dos jovens em idade escolar para compreender os estilos de vida e hábitos ligados à saúde e ao risco, deixou algumas pistas. "Da totalidade dos jovens, 25,7% (1751) revelaram estar envolvidos em comportamentos de violência na escola, ou como vítimas (alvos de provocação), ou como provocadores (agentes da provocação) ou duplamente envolvidos (simultaneamente vítimas e provocadores), mais do que duas vezes no período lectivo", concluem Margarida Gaspar de Matos e Susana Fonseca Carvalhosa, as autoras da investigação feita no âmbito do Projecto Aventura Social e Saúde. A pesquisa foi feita junto de 6903 jovens do 6.º, 8.º e 10.º anos de escolaridade de escolas de todo o país, através de um questionário. Os dados revelam que "os rapazes envolvem-se mais em actos de violência na escola, quer como provocadores, quer como vítimas, quer com duplo envolvimento. Este envolvimento em actos de violência parece ter um pico aos 13 anos, embora os mais novos (11 anos) se envolvam mais, enquanto vítimas". As autoras concluem ainda que "os jovens que se envolvem em actos de violência referem mais frequentemente ver televisão quatro ou mais horas por dia".

O mesmo estudo analisa, por outro lado, a provocação e a relação dos alunos com os professores. Os jovens que consideravam que os professores não os encorajavam a expressar os seus pontos de vista estavam frequentemente mais envolvidos em comportamentos de provocação. Os que referiam que os docentes não os tratavam com justiça estavam mais envolvidos em comportamentos de provocação, como vítimas e provocadores. Os que responderam que os professores não os ajudavam quando era preciso, e que não se interessavam por eles como pessoas, envolviam-se mais como vítimas e provocadores e simultaneamente nos dois papéis.

Campanhas para entender sinais
A Associação Nacional de Professores (ANP) prepara-se para lançar uma linha de apoio a casos de bullying, onde se integrará o cyberbullying. João Grancho, presidente da ANP, adianta que neste momento estão a ser trabalhados protocolos de colaboração com entidades nacionais e internacionais para que esse número entre em funcionamento até ao final deste mês. O responsável revela ainda que esta ajuda pretende actuar a três níveis ao envolver professores, pais e alunos. "Este fenómeno deve ser visto de uma forma integrada e articulada", defende Grancho.

Entretanto, a Associação de Mulheres Contra a Violência iniciou no mês passado a campanha "Stop Bullying" em vários suportes mediáticos, lançando também uma linha de apoio através do 21 3802162. Paralelamente, está a ser distribuído material que aborda o tema do bullying direccionado para as escolas e pais. Os panfletos destacam alguns sinais do bullying, procedimentos de intervenção, mitos e realidades. Esses desdobráveis salientam que uma vítima de bullying pode não ter vontade de ir para a escola, isolar-se, começar a gaguejar, mostrar angústia, deixar de comer, tornar-se agressiva, ter pesadelos.

No mês passado, o Governo lançou o Projecto Dadus que pretende sensibilizar os alunos do 2.º e 3.º ciclos para os problemas relativos à protecção de dados e à privacidade na utilização das novas tecnologias. Chamar a atenção para o uso consciente das novas ferramentas digitais e desenvolver a consciência cívica dos jovens são também objectivos desta iniciativa.

Via EDUCARE

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Acabar com o cyberbullying nas universidades pode enfretar problemas legais

Uma dúzia de Estados norte-americanos em 2007 aprovou ou está em vias de o fazer leis sobre cyberbullying, mas a maior parte limita a jurisdição das escolas em termos de punição a incidentes via computadores das escolas. Contudo, estas leis estaduais e políticas distritais locais que tentam controlar o bullying fora dos campos entre os estudantes, podem enfrentar desafios legais sobre privacidade e liberdade de discurso, afirma este artículo no USA TODAY.

Bullying em Portugal



A Antena 1 transmitiu ontem, dia 10 de Fevereiro, esta reportagem, muito interessante, sobre o Bullying em Portugal, que me levou a criar o blogue Alerta Bullyng, que estará atento à imprensa mundial sobre esta importante temática, para partilhar com os meus visitantes.

Para ouvir, clique AQUI.

(Programa VISÃO GLOBAL: O Bullying nas escolas portuguesas. Um novo fenómeno ou situações pontuais? Reportagem de Andreia Brito, 2008-02-10)